terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Argélia - Após 19 anos chega ao fim o Estado de Emergência



O gabinete de governo da Argélia aprovou nesta terça-feira um plano para suspender o estado de emergência que vigora no país há 19 anos, segundo a agência oficial de notícias argelina, APS.

A agência informou que a medida entrará em vigor assim que for publicada no diário oficial do país, o que deve ocorrer de forma "iminente", sem dar mais detalhes.

O governo já havia anunciado o plano anteriormente, mas somente agora o gabinete deu sua aprovação formal ao projeto.

O estado de emergência vigora na Argélia desde 9 de fevereiro de 1992, ano em que o país entrou em guerra civil, e seu fim é uma das principais reivindicações dos manifestantes pró-democracia que realizam protestos nas ruas do país desde janeiro.

Fonte: AFP - Terra 22/02/2011

Recentemente alguns cristãos foram condenados por abrir local de culto diferente da religião mulçumana e por portar a Bíblia.
Confira as reportagens e ore por esse país tão carente de Deus.

Portas Abertas - Cristãos argelinos são presos
A Voz dos Mártires - Cristãos recebem sentença
G1 - Argélia: cristãos convertidos são julgados por pregar religião não-islâmica

SEPAL - Argélia: cristãos são julgados

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Onda de protestos varre o mundo islâmico


Após a derrubada dos ditadores Zine el Abidine Ben Ali, na Tunísia, e Hosni Mubarak, no Egito, protestos tomaram conta de diversas nações do Oriente Médio e da África
 Senegal, Líbia, Tunísia, Djibuti, Jordânia, Iraque, Iêmen, Irã e Egito
A onda de protestos no Oriente Médio e na África, que já derrubou os ditadores da Tunísia e do Egito, continua se espalhando por mais países e nesta sexta-feira chegou ao Djibouti, na região conhecida como Chifre da África.

Mais de 6.000 foram às ruas em protestos contra o presidente Ismail Omar Guelleh, no poder desde 1999, e cuja família comanda o país há mais de três décadas. Os manifestantes, que temem que o líder consiga chegar ao terceiro mandato nas eleições presidenciais de abril, foram reprimidos pelas forças de segurança com bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes.

O Djibouti é um país-cidade, assim como a Cingapura. A pequena nação não conta com a presença de jornalistas estrangeiros e abriga escritórios de poucas organizações internacionais.

Notícias FOLHA
Oremos pelo Oriente Médio e pelas nações africanas neste momento de instabilidade política. A democracia é um sonho em muitos desses países porém, sordidamente movimentos teocráticos extremistas podem  insulflar a população e se aproveitarem desses protestos e da transição decorrente para estabelecer governos ainda mais ditatoriais e fechados, como temos ouvido falar nos noticiários.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Multidão de muçulmanos extremistas ataca igrejas cristãs na Indionésia

Igreja Pentecostal Indionésia atacada por extremistas islâmicos
Um grupo de muçulmanos indonésios incendiou e depredou igrejas cristãs e enfrentou a polícia nesta terça-feira, em meio a uma onda de violência religiosa no maior país islâmico do mundo.
Dois dias depois de um grupo de muçulmanos ter linchado até a morte três membros de uma pequena seita islâmica, uma multidão de muçulmanos furiosos atearam fogo a dois templos cristãos e saquearam um terceiro na cidade de Temanggung, no centro da ilha de Java, segundo a polícia.
Os fatos ocorreram durante confrontos com a polícia quando o grupo reclamava a pena de morte para um cristão condenado por blasfêmia contra o islã.
Eles exigem a pena de morte para Antonius Bawengan, 58, cristão condenado a cinco anos de prisão por distribuir panfletos considerados ofensivos ao islamismo.
"Hoje [terça-feira] foi o auge do julgamento. A multidão gritava que ele deveria ser condenado à morte ou ser entregue ao público", afirmou Djihartono, porta-voz da polícia provincial de Java Central.
Os manifestantes gritavam "morra, morra" do lado de fora do tribunal, e "queimem, queimem" ao seguirem em direção às igrejas, em uma região de Java onde muçulmanos e cristãos convivem pacificamente. Uma escola católica também foi vandalizada.

Estátua de Jesus Cristo quebrada por ataque a igreja cristã em Temanggung, em Java Central, Indonésia
Estátua de Jesus Cristo quebrada por ataque a igreja cristã em Temanggung, em Java Central, Indonésia
Os cerca de 1.500 manifestantes também atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e tiros de advertência para o alto. Uma viatura da polícia foi queimada em meio à confusão, que começou em frente à corte e se espalhou pelas ruas do bairro.
O mais recente episódio de violência religiosa na Indonésia --geralmente citada como exemplo de país pluralista-- coincide com um aumento da pressão sobre o governo para que combata o extremismo e reforce seu compromisso com a diversidade.
A Constituição indonésia garante liberdade religiosa, mas grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que a violência contra minorias --incluindo cristãos e ahmadis-- só aumentaram desde 2008.
Organizações como a Anistia Internacional indicam que a intolerância está em alta na Indonésia, país de 240 milhões de habitantes, dos quais 80% são muçulmanos.
AHMADIS - Nesta segunda-feira, a imprensa indonésia divulgou um vídeo com imagens fortes, que mostram como membros de um movimento religioso minoritário são linchados por uma multidão de muçulmanos sem que a polícia intervenha.
As imagens foram filmadas no domingo em um povoado no oeste de Java, onde mais de 1.000 pessoas, armadas com machados e pedaços de pau, atenderam à convocação de organizações islâmicas para impedir uma reunião da seita dos ahmadis em uma casa particular. Três membros do movimento religioso morreram, segundo a polícia.
Imagem de vídeo que mostra ataque de multidão de muçulmanos a grupo religioso minoritário na Indonésia
Imagem de vídeo que mostra ataque de multidão de muçulmanos a grupo religioso minoritário na Indonésia
Os ahmadis, movimento pacifista, contam com 500 mil fiéis na Indonésia, onde mais de 80% da população é muçulmana.
Eles acreditam que Maomé não foi o último profeta do islã e dizem que Mirza Ghulam Ahmad, que fundou a seita na Índia no século 19, foi um sucessor e messias.
Um decreto do governo, adotado em 2008 devido à pressão de movimentos islâmicos, proíbe os ahmadis de propagar sua fé.
"Este brutal ataque contra fiéis ahmadis reflete o contínuo fracasso do governo indonésio em proteger as minorias religiosas de perseguições e ataques e em responsabilizar os responsáveis por estes crimes", destacou Donna Guest, diretora da Anistia Internacional para a região do Pacífico Asiático.
Scot Marciel, embaixador americano em Jacarta, divulgou um comunicado nesta terça-feira "lamentando a violência". "Encorajamos o governo indonésio a continuar incentivando a tolerância e protegendo os direitos de todas as comunidades", afirmou.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, condenou o linchamento dos ahmadis no domingo, mas defendeu a lei de 2008 que proíbe a seita de propagar sua fé. Esta legislação é usada por grupos radicais muçulmanos para justificar os ataques contra membros da minoria religiosa.

Publicado em FOLHA com diversas fontes noticiosas - 08/02/2011
Fotos: Slamet Riyadi/AP - AFP - TERRA

Parece que os distúrbios provocados pelos partidos muçulmanos em diversos países nestas últimas semanas, culminando com a destituição de governos e estabelecimento de teocracias islâmicas alinhadas a grupos terroristas e antiocidentais está influenciando seguidores extremistas de Maomé em países até então pluralista, a instituir a dominação pela espada. Logo a Indionésia, que em momento recente de catástrofe e dor foi grandemente ajudada pelo ocidente cristão. Lamentável.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bangladesh - Menina estrupada é morta a chibatadas por atos imorais

Hena Begum (Foto: Arquivo pessoal/BBC)
Moradores protestaram contra sentença aplicada à jovem (Foto: Arquivo pessoal/BBC) Uma adolescente de 14 anos morreu após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento com um primo que era casado.
A sentença tinha sido decretada por um tribunal religioso na cidade em que a jovem vivia, Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 quilômetros da capital, Daca.
Hena Begum foi acusada de ter mantido uma relação sexual com seu primo de 40 anos de idade, que era casado. Ele também foi condenado a receber cem chibatadas, mas conseguiu fugir.
A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo seis dias após ter sido internada.
O caso teve grande repercussão no país e provocou protestos de moradores de Shariatpur. Há relatos na mídia de Bangladesh de que Hena, na verdade, foi raptada e estuprada pelo primo.
O imã (clérigo muçulmano) Mofiz Uddin, responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, e outras três pessoas foram presas. O caso está sendo investigado.

'Atos imorais' - Atraídos por gritos de socorro de Hena, moradores locais chegaram a acudir a adolescente. Mofiz Uddine também se dirigiu ao local, juntamente com professores da madrassa (escola de ensinamentos islâmicos) da região.
Os jornais bengalis informaram que em vez de tomar uma ação contra o autor do suposto estupro, os religiosos trancaram a jovem dentro de um quarto. No dia seguinte, o mesmo imã e representantes do Comitê da Sharia, o código de leis muçulmanas, acusaram Hena de ter cometido atos de ''sexualidade imoral'' fora do casamento.
Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante quando mantinha relações sexuais com um morador do vilarejo.
Pessoas da família do primo casado também teriam espancado a adolescente, um dia antes da fatwa ter sido decretada.
Autoridades do vilarejo também exigiram que o pai da jovem pagasse uma multa equivalente a R$ 419.
Na quarta-feira, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.
''Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome da justiça. Se tivesse sido em um tribunal de verdade, minha filha jamais teria morrido'', afirmou Dorbesh Khan, o pai da adolescente.
Punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, país secular, mas de maioria muçulmana, desde o ano passado.
Comitês que obedecem princípios religiosos vêm se tornando influentes em diferentes países com população de maioria islâmica, mesmo sendo ilegais em muitos deses países.
A sentença contra Hena Begum foi a segunda morte provocada por uma sentença ligada à sharia desde que a prática foi proibida pela Corte Suprema de Bangladesh.
Cerca de 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos, dos quais a maior parte segue uma versão moderada do Islã.

Fonte: BBC Brasil
Publicado no G1 em 04/02/2011

Dados gerais

Capital
Daca

Governo
Parlamentarismo democrático, chefiado pelo presidente Zillur Rahman desde fevereiro de 2009

População
161,3 milhões (27% urbana)

Área
143.998 km2

Localização
Sul da Ásia

Idiomas
Bengali, inglês

Religião
Islamismo 85,8%, hindu 12,4%, cristianismo 0,7%, budista 0,6%

Perseguição
Algumas limitações (
47ª posição na Classificação de países por perseguição)

Restrições
A lei garante liberdade religiosa, mas os cristãos sofrem discriminação e violência
 Fonte: Portas Abertas